quarta-feira, 17 de novembro de 2010
#pressa
‘Temos pressa para ouvir ‘eu te amo’, não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: somos namorados, ficantes, casados? Urgência emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao amor: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: ‘paciência’. Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. Mas não. Temos urgência. Queremos a resposta da meng, msn ainda hoje; queremos que o telefone toque sem parar; queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome; queremos que ele se renda logo após o primeiro beijo; e não toleraremos recusas, e não respeitaremos dúvidas, e não abriremos espaço na agenda para esperar. Pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida, ‘ser amado’. Atiramos para todos os lados e somos baleados por qualquer um. E o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia chamada: pressa.’
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